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As doenças do coração, em sua maioria, são silenciosas e não te avisam que já se encontram por aí. É por isso que nós, cardiologistas, dedicamos boa parte do tempo à prevenção. É sempre bom ter pelo menos uma avaliação do cardiologista para conferirmos se nenhuma mal formação cardíaca passou batida durante os anos. Se já possui alguma condição considerada fator de risco para doenças cardiológicas, como: pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo, estresse, histórico familiar de doença cardiovascular, dentre outros, a resposta é: o quanto antes melhor, pois só o cardiologista conseguirá fazer uma análise individualizada e focada no seu risco de ter uma doença no coração. 

Alguns sintomas como um cansaço que não existia ou mesmo desproporcional ao esforço realizado, sensação de aceleramento cardíaco ou ritmo descompassado, dor no peito e desmaios podem ser um indicativo de que algo não vai bem com o seu coração. Nesses casos, procure um cardiologista, pois a avaliação cariológica é fundamental. Lembre-se que a maioria das doenças cardiovasculares começam sem dar sintoma algum, então, mantenha o seu check-up cardiológico sempre em dia!

Cuidado com os dizeres populares do tipo “coração não dói”, eles nem sempre são verdadeiros. Coração dói sim e tem nome para isso: angina! Menosprezar este sintoma pode trazer consequências graves à sua saúde. Quando parte do seu coração para de receber sangue de forma súbita, o músculo do coração começa a morrer e isso causa dor. Quanto mais rápido o fluxo sanguíneo for reestabelecido, menos células do coração morrem e as chances de se recuperar de um infarto do miocárdio sem sequelas aumentam. Por vezes, a dor pode vir de uma redução transitória desse fluxo sanguíneo, sendo mais observada durante o esforço físico ou estresse emocional, situações que exigem mais do seu coração. Fique atento!

Sim. Vidas estressantes, trabalhos estressantes estressam o seu coração, levando-o à taquicardia, batimentos mais fortes e consequente redução do fluxo sanguíneo nas coronárias. Essas alterações podem ser tão intensas a ponto de desencadear até o temido infarto do miocárdio. Pessoas com doença cardíaca, mesmo ainda não diagnosticadas, são as de maior risco. Mais do que nunca, fazer acompanhamento com o cardiologista pode fazer a diferença.

O risco cirúrgico é a avaliação de como o coração se comporta em momento de maior estresse, quando será necessário trabalhar mais e sair da zona de conforto. Nessa avaliação busca-se por doenças cardíacas ainda não identificadas e, na presença delas, avalia-se o quanto o coração está preparado para suportar o estresse gerado pela cirurgia e o período de recuperação. A ideia é prevenir um “piripaque” e a validade dessa avaliação é individualizada com o tipo da cirurgia e o bom controle de suas doenças.

As doenças cardíacas, em sua maioria, são assintomáticas. Isso significa que dificilmente você vai saber da existência delas. O cardiologista avalia o comportamento do coração como um todo, ao repouso e, principalmente, no esforço, quando é necessário um trabalho maior. Na presença de uma doença cardíaca, algumas limitações e orientações específicas podem ser necessárias, além, de iniciar o tratamento específico para o que for diagnosticado. A ideia é que você realize as suas atividades físicas de forma prazerosa, saudável e com segurança.

Qual seria o intuito de tantos exames assim? É que nem jogo de detetive, você pode até prender alguém atirando para todos os lados, mas as chances de dar certo não seria muito maior ao seguir as pistas do suspeito? O cardiologista é treinado a identificar as pistas de quando algo pode não estar bem no seu coração, mesmo que você não sinta nada. Fazer exames aleatórios fica caro e não diz muita coisa, afinal, que nunca ouviu falar do “fulano que infartou com os exames todos normais”? Quer saber se de fato está tudo bem com você? Procure um cardiologista de sua confiança, ele vai saber a melhor forma de te responder.

Infelizmente sim. A associação entre cardiopatia e o HIV é mais alta que nas pessoas sem a doença. Isso porque a própria doença e alguns antirretrovirais necessários no seu tratamento podem acelerar o início e a progressão de doenças no coração. Doenças cardíacas são silenciosas e quando um sintoma aparece, pode ser na forma de algo grave, como o infarto ou até mesmo a morte súbita.  Assim, é possível encontrar cardiopatias graves e avançadas, mesmo em pessoas jovens. Se é soropositivo, procure um cardiologista.

Depende, principalmente se o tratamento visa a cura ou o controle da doença. As doenças cardíacas habitualmente são crônicas e exigem tratamento contínuo e a longo prazo que irá impedir ou retardar a progressão da doença. Interromper o uso das medicações pode levar a complicações maiores, vindas da evolução natural da própria doença, sem o devido tratamento. Observe a receita médica. Medicamentos de uso contínuo geralmente são para a vida toda e só devem ser modificadas no retorno médico, pelo médico. Suspender medicação, só depois que conversar com o cardiologista.

Hipertensão arterial

A doença da pressão alta tem várias causas e em algumas não podemos interferir, como a hereditariedade e idade. Outras são podem ser ajustadas, como: excesso de peso, tabagismo, abuso de cafeína, estimulantes e bebida alcoólica, sedentarismo e uso de alguns medicamentos. De uma forma geral, hábitos de vida ruins levam à pressão alta, portanto, seja mais ativo, pratique atividades físicas, alimente-se bem, perca peso (se for o caso), use álcool com moderação e, principalmente, não fume.

O coração é uma bomba e a pressão oscila conforme a necessidade do corpo. Não existe, portanto, um valor ideal, fixo e permanente o tempo todo. O valor da pressão se ajusta em reflexo às necessidades do seu corpo no momento. Aprender a medir a pressão de forma correta utilizando aparelhos calibrados, preferencialmente aqueles com manguito para o braço faz toda a diferença. A pressão do repouso aferida com técnica correta tem que ser menor que 14/9 mmHg. Existe um valor ótimo? Existe sim, é o famoso 12/8 mmHg.

Pode sim. Isso acontece principalmente quando a criança está acima do peso. Valores da pressão que são normais para adultos podem ser altos para uma criança. Fique atento! As consultas de rotina com o pediatra são muito importantes!

Todos nós deveríamos ter a pressão aferida de forma regular pelo menos uma vez ao ano. Por isso a importância de manter o seu check-up em dia. Caso aja necessidade de melhor avaliação ou controle da pressão este intervalo provavelmente será menor.

O coração é uma bomba e os valores da pressão modificam conforme a necessidade do seu corpo frente ou em resposta às reações externas. Por exemplo, toda vez em que você estiver fazendo algum esforço físico, como caminhada ou limpando a casa, naturalmente a sua pressão vai subir, pois os seus músculos precisam de mais sangue e o coração responde aumentando a pressão e frequência cardíaca. Isso também vale para situações de estresse emocional, sobrecarga de trabalho, etc. Nesse caso, seu corpo fica em estado de alerta e a pressão fica mais alta. Por outro lado, em momentos de relaxamento ou sono, o sangue não precisa circular tão rápido pelo corpo e, consequentemente, a pressão tende a valores bem menores. Fique atento! Se os valores da pressão estão ficando a maior parte do tempo maiores que 140/90 mmHg, mesmo em repouso, é necessário procurar um cardiologista.

Quando a pressão está continuamente alta, tanto o coração quanto os vasos sanguíneos são forçados a modificar a sua estrutura para suportar essa nova carga de pressão, que é alta e anormal. Essa readaptação, a longo prazo, não é legal e torna o sistema cardiovascular mais frágil e pode levar a consequências graves, não só para o coração, mas para praticamente todos os órgãos. Algumas dessas consequências muito graves, como coração inchado (insuficiência cardíaca), cegueira, falência renal com necessidade de hemodiálise, derrame (AVC), dentre outros. Por isso, as consultas de rotina são essenciais. A hipertensão arterial, quando tratada adequadamente, freia a progressão da doença e previne esses danos indesejáveis e irreversíveis.

Existem algumas classes de medicações que podem interferir sim na potência sexual, apesar de não ser muito frequente. É necessário, contudo, avaliar com cautela cada caso e, principalmente, identificar se há outras causas que estão colaborando para isso, pois, a própria doença da hipertensão arterial por si só já é causa suficiente. Tire suas dúvidas com o seu médico, juntos poderão escolher o tratamento mais indicado para você.

Existe uma relação linear prejudicial entre o aumento de peso e da pressão. Quanto maior o peso, mais alta a pressão fica. O excesso de peso também está mais associado a doenças cardiovasculares como um todo. Como essas doenças são habitualmente assintomáticas, é fundamental que você faça acompanhamento regular com o seu cardiologista.

Sobe sim, momentaneamente. Contudo, seu uso excessivo pode ser prejudicial para sua saúde e ser causa não só da hipertensão arterial, como também de sintomas indesejáveis como taquicardia, palpitações e até arritmias.

Não existe um valor tolerável de pressão alta. Isso é muito individual. O diagnóstico da pressão alta, por si só, já é prejudicial e já te coloca em risco. O fato é que cada vaso sanguíneo de cada parte do corpo de cada pessoa tem o seu próprio limite de tolerância, então, não tem como saber o limite de pressão dos vasos e nem a partir de qual momento ele pode “estourar” e levar a consequências graves e fatais como o “derrame na cabeça”. Sabemos que a doença não tem cura, mas tem tratamento e ele é eficaz. Por isso, cuide bem da sua saúde. Uma vez diagnosticada a doença da pressão alta, siga o tratamento proposto pelo seu médico.

No geral, valores acima de 140/90 mmHg ao repouso são considerados anormais. Contudo, existem algumas situações em que valores menores que este são mais benéficos, como na doença renal crônica, insuficiência cardíaca, etc.

DISLIPIDEMIA

É um assunto sempre muito polêmico e a resposta mais adequada é depende. Porque depende mesmo de um monte variáveis, como a quantidade e a frequência do uso, do que você come no resto do dia, se está acima do peso, se faz atividade física, se segue adequadamente o tratamento proposto por seus médicos, se tem bom controle das doenças que são associadas a infarto, se tem doença coronariana, etc. Pode ser que sim, pode ser que não. O fato é que quanto mais saudável forem os seus hábitos de vida, menor será a influência que um alimento isolado terá sobre a saúde do seu coração.

Defina normal. Não existe um valor único para todo mundo e nem mesmo aquele valor de referência padrão que vem junto com o resultado do exame é universal. O que existe são metas de LDL (colesterol ruim) que, quanto maior for o seu risco cardiovascular, menor deverá ser o seu valor alvo para que este risco seja reduzido. É por isso que uma pessoa com alto risco cardiovascular ou já com o diagnóstico de doença aterosclerótica ou coronariana precisa continuar com a medicação mesmo com valores do LDL bem baixinhos. Além disso, a estatina (medicação para abaixar colesterol) ajuda no tratamento da placa de gordura depositada no vaso, outro benefício associado ao tratamento.

Corrigir os erros alimentares, fazer exercício físico e perder peso quando indicado são sempre ações benéficas e pode sim ser o suficiente para controlar o seu colesterol quando o seu risco cardiovascular é baixo. Quando o risco cardiovascular é alto, o uso da estatina, principal medicação utilizada no tratamento da dislipidemia, faz parte da estratégia de redução de risco cardiovascular. Nesse caso, as mudanças de estilo de vida, apesar de ser a peça chave e fundamental do tratamento, pode não ser suficiente como único tratamento.

INFARTO DO MIOCÁRDIO

Sim. Existem pessoas que carregam alterações genéticas que estão associadas a infarto do miocárdio precoce, geralmente em pessoas com menos de 60 anos. Quem tem histórico familiar deve redobrar os cuidados e estar sempre em dia com as avaliações cardiológicas. A genética não não pode ser modificada, mas outros fatores sim. Lembre-se: o infarto na maioria das vezes é uma doença silenciosa e, a morte súbita pode ser o seu primeiro sintoma!

O infarto do miocárdio classicamente apresenta dor ou desconforto no peito, que pode ou não irradiar para o braço esquerdo ou mandíbula, podendo também estar associada a mal estar ou náuseas. Contudo, algumas populações específicas como mulheres, idosos e diabéticos podem não apresentar essa clássica dor no peito. Na dúvida, vá ao pronto-socorro para ser melhor avaliado.

Os sintomas do infarto duram enquanto houver células vivas lutando para não morrer pela falta de sangue e oxigênio. Assim, quanto mais rápido for feito o diagnóstico do infarto e mais rápido for reestabelecido o fluxo de sangue na área afetada, menor será a extensão das sequelas no coração. A recanalização do fluxo de sangue em menos de 12 horas do início da dor aumenta as chances de recuperar a área atingida. Quanto mais cedo melhor. Tempo é essencial. Tempo é musculo!

O infarto é a consequência da arteriosclerose, uma doença sistêmica e inflamatória dos vasos sanguíneos, proveniente da formação de placas de gorduras nas paredes desses vasos. As placas inflamadas são as mais perigosas e as mais frágeis também. Rompem-se com facilidade, independente do seu tamanho, induzindo a formação de um coágulo, que imediatamente cresce e interrompe o fluxo de sangue local. Essa inflamação vem principalmente de hábitos de vida ruins, como tabagismo, sedentarismo, excesso de peso, erro alimentar, estresse, etc. São situações difíceis de serem medidas e quantificadas. O exame pode até estar normal, mas será que os hábitos de vida também estavam adequados? Mais importante que os “exames normais” é valorizar as orientações do cardiologista e modificar os comportamentos prejudiciais à saúde.

Quando uma placa cresce muito e causa obstrução (geralmente maior que 70% do vaso), o fluxo de sangue no local fica prejudicado e gera isquemia do miocárdio, que pode ou não dar dor no peito. Quando o tratamento medicamentoso não é o suficiente, e, principalmente, durante o infarto do miocárdio, é preciso ir lá e “desentupir o local”. O stent vem em seguida, para reduzir a chance da obstrução voltar.

Angina é o nome da dor no coração causada pela isquemia do miocárdio. É um sintoma e não uma doença. A principal causa está associada ao crescimento das placas de gordura depositadas na parede das coronárias (vasos do coração) gerando redução de fluxo sanguíneo local e consequentemente dor, por falta de quantidade apropriada de sangue para as células do coração. Outras causas como ponte miocárdica e até mesmo situações estressantes podem levar a angina.

Aquela que você faz, aquela que você gosta. Apenas faça! Seu coração agradece!

Pode e deve! A diferença é que antes de se exercitar é necessário passar por uma investigação detalhada do seu coração para que os limites de segurança sejam determinados. Nesses casos, os treinos são elaborados respeitando as características da sua cardiopatia. A reabilitação cardíaca é a forma mais segura de reintroduzir o cardiopata na atividade física.

Tempo é questão de prioridade e quando você prioriza a saúde ele aparece. Se o tempo é curto, opte por atividades de maior intensidade. Comece e faça do jeito que conseguir. Não espere o ideal. Depois vá ajustando à sua rotina. O feito é sempre melhor que o bem feito. Faça como puder, seja levantando um pouco mais cedo, encurtando o horário de almoço, no fim do expediente antes de chegar em casa, trocando o elevador pelas escadas ou reduzindo o tempo em que fica deitado no sofá. Seja criativo. Apenas comece, o aperfeiçoamento vem com a prática.

Depende. Sopro nada mais é que o barulho do sangue passando entre as quatro partes do coração. Não é uma doença, é um som. Então, mais importante do que saber sobre o sopro é saber se ele está associado ou não à alguma doença no coração. Sopro sem doença, sem restrição. Mas se o sopro for devido a alguma doença cardíaca, só mesmo avaliando cada caso para saber se a atividade física poderá ser liberada, com ou sem restrição. 

Depende. O objetivo de fazer uma atividade física é cansar. O sinal de alerta é quando o seu cansaço está desproporcional à atividade que está fazendo, principalmente se outros sintomas como dor no peito, tontura, mal estar e sudorese fria estiverem associados. Quando o cansaço é pelo despreparo físico, com a persistência da prática, o cansaço é substituído por uma sensação de bem estar e disposição. Na dúvida, procure o cardiologista.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

(CORAÇÃO INCHADO)

O coração inchado é a consequência da progressão de diversas doenças que acometem o coração. As principais causas vem em decorrência da cicatriz que fica no coração após o infarto do miocárdio e do não tratamento adequado da hipertensão arterial. Em nosso meio, a doença de Chagas também ganha destaque, uma vez que a região Centro-Oeste é zona endêmica de transmissão desta doença.

Deve! Tomar água é essencial à vida. Contudo, pessoas com insuficiência cardíaca devem estar mais atentas quanto à quantidade de líquidos (não somente de água) ingeridas no dia, pois, para um coração que já trabalha sobrecarregado, os excessos podem facilmente levar à sua descompensação. Assim, quanto mais avançada a cardiopatia, maior a dificuldade em tolerar esses excessos. No geral, consumir 1,2L de água por dia (6 copos/dia) parece ser seguro. A quantidade deve ser individualizada e discutida junto com o seu médico cardiologista.

Algumas situações contribuem para que o coração trabalhe mais a ponto de levar à sua insuficiência. As principais causas são: não aderir ao tratamento (principalmente para de tomar as medicações), ingerir líquidos de forma excessiva, infecções (mesmo os resfriados), uso de anti-inflamatórios e a própria progressão da doença.

É necessário estar atento ao seu corpo para reconhecer as dicas que o seu coração dá quando está no sufoco. Por exemplo, reter líquido e aumentar o peso sem causa aparente não é normal. As atividades habituais podem ficar mais cansativas, o cansaço vir mais facilmente e deitar pode piorar a falta de ar.  Entrar em contato com o seu cardiologista é fundamental para que o tratamento seja ajustado antes de ser necessário a internação hospitalar. Lembre-se! Cada vez que o coração descompensa e a internação hospitalar é necessária, mais grave e avançada a cardiopatia se torna.

Sim. A insuficiência cardíaca é uma doença grave com avanço rápido e tem uma mortalidade maior que muitos tipos de câncer, principalmente quando não tratada adequadamente.

ARRITMIA

Palpitações é a percepção que você tem de que o coração está batendo. Pode ser por alguma arritmia ou por apenas uma contração do músculo cardíaco mais vigorosa e perceptível.

Bebidas energéticas tem uma grande quantidade de estimulantes à base de cafeína ou derivados, que podem contribuir para o aceleramento do coração e desencadear arritmias cardíacas, principalmente quando já existe alguma alteração cardíaca.

As vezes temos a percepção dos batimentos cardíacos fora do ritmo, o que pode dar a sensação de que o coração está parando, quando na verdade, o coração só voltou ao ritmo normal (quando não sentimos o coração bater). Caso essa sensação seja duradoura ou vier acompanhada de tontura, escurecimento visual ou desmaio, procure um cardiologista.

O coração naturalmente acelera durante o esforço para conseguir aumentar o fluxo de sangue para os músculos e órgãos. Na maioria das vezes é consequência de um esforço intenso ou despreparo físico. Quando a taquicardia é desproporcional ao esforço realizado e está associada a outros sintomas, como tontura, turvação visual, desmaio ou dor no peito., é preciso investigar. Pode ser um indício de alguma doença cardíaca ainda não diagnosticada.

Exercício

Aquela que você faz, aquela que você gosta. Apenas faça! Seu coração agradece!

Pode e deve! A diferença é que antes de se exercitar é necessário passar por uma investigação detalhada do seu coração para que os limites de segurança sejam determinados. Nesses casos, os treinos são elaborados respeitando as características da sua cardiopatia. A reabilitação cardíaca é a forma mais segura de reintroduzir o cardiopata na atividade física.

Tempo é questão de prioridade e quando você prioriza a saúde o ele aparece. Se o tempo é curto, opte por atividades de maior intensidade. Comece e faça do jeito que conseguir. Não espere o ideal. Depois vá ajustando à sua rotina. O feito é sempre melhor que o bem feito. Faça como puder, seja levantando um pouco mais cedo, encurtando o horário de almoço, no fim do expediente antes de chegar em casa, trocando o elevador pelas escadas ou reduzindo o tempo em que fica deitado no sofá. Seja criativo. Apenas comece, o aperfeiçoamento vem com a prática.

Depende. Sopro nada mais é que o barulho do sangue passando entre as quatro partes do coração. Não é uma doença, é um som. Então, mais importante do que saber sobre o sopro é saber se ele está associado ou não à alguma doença no coração. Sopro sem doença, sem restrição. Mas se o sopro for devido a alguma doença cardíaca, só mesmo avaliando cada caso para saber se a atividade física poderá ser liberada, com ou sem restrição. 

Depende. O objetivo de fazer uma atividade física é cansar. O sinal de alerta é quando o seu cansaço está desproporcional à atividade que está fazendo, principalmente se outros sintomas como dor no peito, tontura, mal estar e sudorese fria estiverem associados. Quando o cansaço é pelo despreparo físico, com a persistência da prática, o cansaço é substituído por uma sensação de bem estar e disposição. Na dúvida, procure o cardiologista.

TESTE ERGOMÉTRICO

O teste ergométrico avalia o comportamento do coração durante o esforço físico. Assim, um medidor de pressão arterial posicionado no braço e onze eletrodos fixados em locais específicos no seu tórax são capazes de mostrar o comportamento da pressão e dos batimentos cardíacos enquanto você se exercita na esteira. Um verdadeiro “test-drive” do coração. Importante para dar segurança a você e outras pessoas, seja ao iniciar suas atividades físicas, esportes competitivos ou procedimentos cirúrgicos. Nesse exame é possível identificar algumas alterações cardíacas, como isquemia do miocárdio e arritmias, que, só aparece mesmo quando o coração está trabalhando pesado!

Existem algumas medidas simples, mas que fazem toda a diferença para que o registro do exame tenha uma qualidade ótima. Por exemplo, tomar banho antes de fazer o exame, lavando bem a região do tórax com água e sabão, sem passar óleos ou hidratantes ajuda a manter os eletrodos bem fixados à pele e contribuem para um exame mais limpo e livre de interferências. Escolha roupas e calçados confortáveis para se exercitar, como tênis e roupas de ginástica. Você terá que caminhar e, as vezes correr na esteira! Portanto, não se esqueça de se alimentar adequadamente e de tomar todas as medicações habituais, conforme a orientação do seu médico! Mulheres, usem preferencialmente sutiã com alça reforçada. Evite o uso de café, álcool e cigarro no dia do exame e traga anotado a lista de todas as medicações de uso contínuo. Algumas medicações podem interferir na avaliação do exame.

Não. O teste ergométrico avalia o comportamento atual do seu coração durante o esforço, independente se está praticando atividades físicas regularmente ou não. Antes de iniciar o exame, procure informar ao médico sobre as atividades diárias que habitualmente faz e se existe alguma limitação que possa prejudicar a caminhada ou corrida na esteira, para que ele possa individualizar a programação do esforço baseada na sua capacidade física atual e não a ideal. Não é você que se adapta ao exame, é o exame que se adapta a você! Não é uma competição, é apenas um exame.

Para que uma correta avaliação dos batimentos cardíacos seja realizada a captação da eletricidade que passa pelo coração deve ser a mais livre de interferências externas possíveis. O pelo prejudica a fixação do eletrodo, um adesivo que deve ser colado à pele. A má fixação do eletrodo gera uma quantidade acentuada de interferência ao traçado eletrocardiográfico do exame e, por vezes, impossibilita a realização do mesmo. Por isso, é preciso depilar o tórax. Um exame com qualidade ótima traz informações confiáveis!

De jeito nenhum. A função deles é captar os sinais de eletricidade que o coração emite, transmitindo em seguida para o computador, em que a interpretação e análise será realizada.

Para uma boa avaliação do seu coração durante o exercício, o ideal é atingir o cansaço máximo no prazo de 8 a 12 minutos. É por isso que, antes de começar o exame, sua rotina diária de esforços e atividades são questionadas, para que a carga do esforço adequada seja programada para você! No geral, o exame completo, incluindo a fase de descanso não costuma ultrapassar 15 minutos.

Ótimo! É normal e tem que aumentar mesmo! Durante o esforço físico uma maior quantidade de sangue é necessária para irrigar os músculos que estão trabalhando. Para isso, o coração, que é uma bomba, precisa aumentar o volume de sangue enviado para suprir as necessidades dos músculos. Ele faz isso aumentando a frequência cardíaca e a pressão. Mas não se preocupe, ao interromper o exercício o coração não tem mais a necessidade de continuar tão acelerado e tanto a pressão quanto a frequência cardíaca logo voltam ao normal.

Depende. Uma cirurgia pode levar à grandes perdas de sangue, o que pode exigir do seu coração mais do que habitualmente ele está acostumado a trabalhar. Fazer um “test-drive” do coração colocando-o para trabalhar a mais no esforço físico ajuda a saber se o coração está preparado para lidar com possíveis adversidades encontradas durante e após a cirurgia. O teste ergométrico pode auxiliar o cardiologista a classificar melhor o risco cardiovascular somado ao risco da própria cirurgia. É um exame complementar não obrigatório e sua necessidade é definida durante a consulta médica.

MAPA

MAPA é uma sigla e significa Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial. É um exame que avalia o comportamento da sua pressão arterial no seu dia-a-dia, durante o período de 24 horas. Assim, o seu médico consegue ter uma noção melhor sobre como a sua pressão fica fora do consultório, inclusive enquanto está dormindo.

A MAPA pode ser solicitada para avaliar a eficácia do uso de anti-hipertensivos, na suspeita da Síndrome do Jaleco Branco (quando a pressão momentaneamente fica alterada na consulta mas depois volta ao normal), na suspeita de Hipertensão Mascarada (quando a pressão está sempre alta mas, no consultório, ela é momentaneamente normal quando há suspeita de pressão alta no sono.

Um aparelho de pressão é conectado ao seu corpo para registrar as medidas pressóricas nas 24 horas. As medidas geralmente são registradas a cada 15 min durante o dia e a cada 30 min durante a noite. O manguito será adequadamente posicionado no braço e o aparelho preso na cintura. É importante realizar suas atividades diárias habituais, para que os valores registrados reflitam melhor o comportamento da pressão no seu dia a dia. Um diário será entregue para anotar as medicações em uso, as atividades diárias, como dormir, acordar, esforço físico, etc. e sintomas, quando houver. Não se esqueça de registrar o horário de cada relato, para comparar com o valor da pressão naquele mesmo momento.

Sim. Quando a circunferência do braço é muito grande ou quando o formato do braço dificulta o posicionamento correto do manguito, as medidas podem não ser adequadamente registradas. Outras condições como valores muito alto da pressão, arritmias cardíacas e distúrbios do movimento, como a doença de Parkinson, podem ser fatores limitantes. Na impossibilidade de registro adequado em manguito posicionado no braço, o exame não deverá ser realizado com o manguito no punho, pois as medidas são diferentes e não se tem validação para utilizar o aparelho dessa forma.

Não. O manguito não deve ser retirado do braço pois o mau posicionamento pode levar a erros nas medidas pressóricas e comprometer o seu exame. Além disso, o aparelho pode ser danificado se molhar.

Pode acontecer do aparelho não conseguir registrar a medida programada por vários motivos, como posicionamento inadequado, manguito frouxo, algum tipo de obstrução impedindo que o manguito insufle, etc. Se a quantidade de medidas são insuficientes ou ausentes por longos períodos, a análise fica prejudicada, sendo necessário a repetição do exame.

Alguns cuidados ajudam a garantir a qualidade do exame, como: deixar o braço relaxado durante as medidas pressóricas, manter o manguito bem ajustado e corretamente posicionado ao longo do dia (manguito muito apertado, frouxo ou mal posicionado aumentam a chance de erro de registro e falsas medidas), não retirar o aparelho do braço e não deitar sobre o aparelho. Anote no diário as medicações em uso, atividades realizadas e sintomas.

A pressão alta no sono pode estar associada à apneia do sono, que quando tratada adequadamente volta ao normal. Outra causa muito comum é a má qualidade do sono. Durante o exame, algumas pessoas tem dificuldade em dormir com o aparelho, ficam mais irritadas ou acordadas quando deveriam estar dormindo. Medidas altas podem ser apenas a consequência de uma noite mal dormida e não refletir o comportamento real da sua pressão no sono (sem o aparelho). Por isso, é importante informar no diário sobre noite mal dormida. Isso deve entrar na análise do exame.

HOLTER DE 24 HORAS

É um exame que avalia os batimentos cardíacos através do registro eletrocardiográfico durante 24 horas consecutivas.

O holter está indicado para avaliações e acompanhamento de arritmias cardíacas, além da investigação de alterações que podem estar associadas a arritmias, como palpitações, taquicardias, sensação de coração descompassado, tonturas, síncopes, etc.

Para captar os sinais elétricos vindo do coração são fixados adesivos em posições específicas na região do tórax, os eletrodos. Em seguida, cada eletrodo é conectado a um cabo que transmite para o aparelho fixado na cintura os registros eletrocardiográficos durante as 24 horas de exame.

Não. Nem a região do tórax nem o aparelho podem ser molhados. A água prejudica a captação dos traçados eletrocardiográficos e pode estragar o aparelho.

Às vezes a captação do traçado eletrocardiográfico vem carregado de interferências externas, seja pela movimentação do corpo, atrito ou descolamento dos eletrodos. Na grande maioria, o exame não fica bom pelo excesso de interferências, que se misturam aos sinais elétricos característicos do coração. Essas interferências, que nada tem a ver com o que está se passando no coração, prejudicam a interpretação dos traçados eletrocardiográficos e, por vezes, impedem a correta avaliação. Outra grande indicação de repetição de exame é quando a gravação é interrompida muito cedo, sendo insuficiente para representar adequadamente as 24 horas que deveriam ter sido registradas.

Antes de fazer o exame, lembre-se de não passar creme ou hidratante no tórax. Pode ser que seja necessário raspar os pelos de áreas específicas, isso para que o eletrodo, que é um adesivo, permaneça bem aderido à pele pelas próximas 24 horas. Durante o exame, siga com as suas atividades habituais, mas procure evitar situações que possam gerar atritos sobre os eletrodos, como colocar a mão sobre eles ou utilizar acessórios muito próximos, que podem ficar atritando com os eletrodos. Em caso de dúvidas, entre em contato com o local em que o exame foi colocado.

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